quinta-feira, 4 de março de 2010
quarta-feira, 3 de março de 2010
Curiosidades Linguísticas
11:48
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- Porque é que as pessoas em Espanha são Espanhóis e na Rússia não são Rissóis?
- Porque é que na Suécia as pessoas são Suecos e em Marrocos não são Marrecos?
- Porque é que em Marrocos as pessoas são Marroquinos e na Suíça não são Suínos?
- Porque é que na Polónia as pessoas são Polacas e na Estónia não são Estacas?
- Porque é que se diz Discoteca em vez de Discotoca se o disco toca e não teca ?
- Porque é que é Espingarda em vez de Espungarda pois faz pum e não pim?
- Porque é que os que andam no mar são Marujos e os do ar não são Araújos?
- Porque é que as batatas grelam e os grelos não batatam?
segunda-feira, 1 de março de 2010
Simplicity & Objectivity
At the college, male & female students were told to individually write a sentence using the words 'sex' and 'love.'
Females wrote : When two mature people are passionately and deeply in love with one another to a high degree and that they respect each other very much, then, it is spiritually and morally acceptable to the society that they both engage themselves in the act of physical sex with one another.
Men wrote : 'I love sex.'
Females wrote : When two mature people are passionately and deeply in love with one another to a high degree and that they respect each other very much, then, it is spiritually and morally acceptable to the society that they both engage themselves in the act of physical sex with one another.
Men wrote : 'I love sex.'
Palavrões!
15:54
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"Já me estão a cansar... parem lá com a mania de que digo muitos palavrões, caralho!
Gosto de palavrões! Como gosto de palavras em geral.
Acho-os indispensáveis a quem tenha necessidade de dialogar...
mas dialogar com carácter!
O que se não deve é aplicar um bom palavrão fora do contexto,
quando bem aplicado é como uma narrativa aberta,
eu pessoalmente encaro-os na perspectiva literária!
Quando se usam palavrões sem ser com o sentido concreto
que têm, é como se estivéssemos a desinfectá-los, a torná-los decentes,
a recuperá-los para o convívio familiar.
Quando um palavrão é usado literalmente, é repugnante.
Dizer "Tenho uma verruga no caralho" é inadmissível.
No entanto, dizer que a nova decoração adoptada para a casa
não lembra o "caralho", não mete nojo a ninguém.
Cada vez que um palavrão é utilizado fora do seu
contexto concreto e significado, é como se fosse reabilitado.
Dar nova vida aos palavrões,
libertando-os dos constrangimentos estritamente sexuais ou orgânicos que os sufocam,
é simplesmente um exercício de libertação.
Quando uma esferográfica não escreve num exame de Estruturas
"ah a grande puta" ("... não escreve!"), desagrava-se a mulher que se prostitui.
Em Portugal é muito raro usarem-se os palavrões literalmente.
É saudável.
Entre amigos, a exortação "Não sejas conas", significa que o parceiro pode não jogar um caralho de GT2. Nada tem a ver com o calão utilizado para "vulva", palavra horrenda,
que se evita a todo o custo nas conversas diárias.
Pessoalmente, gosto da expressão "É fodido..." dito com satisfação até parece que liberta a alma!
Do mesmo modo, quando dizemos "Foda-se!" é raro que a entidade que nos provocou a imprecaução
seja passível de ser sexualmente assaltada.
Por ex.: quando o Mário Transalpino "descia" os 8 andares para ir à garagem buscar a moto
e verificava que se tinha esquecido de trazer as chaves... "Foda-se"!!
Não existe nada no vocabulário que dê tanta paz ao espírito como um tranquilo "Foda-se...!!".
O léxico tem destas coisas, é erudito mas não liberta.
Os palavrões supostamente menos pesados como "chiça" e "porra" escandalizam-me.
São violentos. Enquanto um pai, ao não conseguir montar um avião da Lego para o filho,
pode suspirar após três quartos de hora, "ai o caralho...",
sem que daí venha grande mal à família, um "chiça", sibilino e cheio, pode instalar o terror.
Quando o mesmo pai, recém-chegado do Kit Market ou do Aki, perde uma peça para a armação
do estendal de roupa e se põe, de rabo para o ar, a perguntar "onde é que se meteu a puta da porca...?",
está a dignificar tanto as putas como as porcas, como as que acumulam as duas qualidades.
Se há palavras realmente repugnantes, são as decentes como "vagina", "prepúcio", "glande", "vulva" e "escroto". São palavrões precisamente porque são demasiadamente inequívocos...
para dizer que uma localidade fica fora de mão, não se pode dizer que "fica na vagina da mãe" ou "no ânus de Judas".
Todas as palavras eruditas soam mais porcas que as populares e dão menos jeito!
Quem é que se atreve a propor expressões latinas como "fellatio" e "cunnilingus"?
Tira a vontade a qualquer um!
Da mesma maneira, "masturbação" é pesado e maçudo, prestando-se pouco ao diálogo,
enquanto o equivalente popular "esgaçar um pessegueiro", com a ressonância inocente que tem, de uma treta que se faz com o punho, é agradavelmente infantil.
Os palavrões são palavras multifacetadas, muito mais prestáveis e jeitosas do que parecem.
É preciso é imaginação na entoação que se lhes dá. Eu faço o que posso."
Poncha, Nikita, pé-de-cabra...
15:35
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Que diferença existe entre poncha, nikita
e pé-de-cabra? Entre lume e labareda,
estrela e nebulosa, mar e maresia?
Tudo isso é para beber em transe:
em copos de deslumbre, em cálices
de amizade, em taças de euforia.
Bebo nikita como quem bebe leite
pelos úberes, fulvos, de um animal mais quente.
Bebo pé-de-cabra como quem sorve o dia
desfraldado em sol, em colorida bandeira.
E bebo poncha como num prado velido
beijando a eternidade ou o pé de uma donzela.
Bebo poncha (e nikita e pé-de-cabra)
no desarmado gesto de quem corre
pelas pastagens do fulgor e da luz
ou por um céu excessivo, portentoso,
ou por uma praia límpida, extensíssima,
sem nada que a conscurpe ou perturbe.
Bebo - por vezes com assomos de uma jovial
e trémula confusão - péde-cabra e poncha,
poncha e nikita, nikita e pé-de-cabra.
Isto é, já em voo rasante às nuvens
e à brisa, aos arvoredos, pétalas e navios,
seguindo bem na pista de uma águia
em busca do seu poiso e dos irmãos.
Bebo - e porque não havia de beber
nestas margens amenas, atlânticas,
minha raiz de fogo, azul e brumas? -
nikita, poncha e pé-de-cabra
com o gosto de quem sobe altos rochedos
ou diz um estranho adeus ao fundo
das ravinas.
Bebo poncha e nikita - enquanto
não me servem, prestantes, outro pé-de-cabra,
enquanto Glenn Miller toma, noutra mesa,
o seu licor de mel, o seu mais destro
e compassado líquido
de revolver os sonhos e as emoções:
as vozes e os olhares sentimentais
de imagens tão presentes, tão outrora.
Bebo pé-de-cabra. E poncha. E nikita.
Bebo com os amigos-conterrâneos bem à vista,
cicerones das luas mais incríveis. Bebo
quase a noite ou o resto dos dias
que são berços de afecto, cordas divididas
entre ficar-partir, frementes asas
de uma saudade já, de despedida.
Bebo. E rebebo. E sou um trevo
a beber - meus senhores - copos de vida.
e pé-de-cabra? Entre lume e labareda,
estrela e nebulosa, mar e maresia?
Tudo isso é para beber em transe:
em copos de deslumbre, em cálices
de amizade, em taças de euforia.
Bebo nikita como quem bebe leite
pelos úberes, fulvos, de um animal mais quente.
Bebo pé-de-cabra como quem sorve o dia
desfraldado em sol, em colorida bandeira.
E bebo poncha como num prado velido
beijando a eternidade ou o pé de uma donzela.
Bebo poncha (e nikita e pé-de-cabra)
no desarmado gesto de quem corre
pelas pastagens do fulgor e da luz
ou por um céu excessivo, portentoso,
ou por uma praia límpida, extensíssima,
sem nada que a conscurpe ou perturbe.
Bebo - por vezes com assomos de uma jovial
e trémula confusão - péde-cabra e poncha,
poncha e nikita, nikita e pé-de-cabra.
Isto é, já em voo rasante às nuvens
e à brisa, aos arvoredos, pétalas e navios,
seguindo bem na pista de uma águia
em busca do seu poiso e dos irmãos.
Bebo - e porque não havia de beber
nestas margens amenas, atlânticas,
minha raiz de fogo, azul e brumas? -
nikita, poncha e pé-de-cabra
com o gosto de quem sobe altos rochedos
ou diz um estranho adeus ao fundo
das ravinas.
Bebo poncha e nikita - enquanto
não me servem, prestantes, outro pé-de-cabra,
enquanto Glenn Miller toma, noutra mesa,
o seu licor de mel, o seu mais destro
e compassado líquido
de revolver os sonhos e as emoções:
as vozes e os olhares sentimentais
de imagens tão presentes, tão outrora.
Bebo pé-de-cabra. E poncha. E nikita.
Bebo com os amigos-conterrâneos bem à vista,
cicerones das luas mais incríveis. Bebo
quase a noite ou o resto dos dias
que são berços de afecto, cordas divididas
entre ficar-partir, frementes asas
de uma saudade já, de despedida.
Bebo. E rebebo. E sou um trevo
a beber - meus senhores - copos de vida.