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sexta-feira, 14 de outubro de 2011

Santo da Serra



Julho de 1966 foi quando se disputou a meia-final do Mundial de Futebol entre Portugal (1) e Inglaterra (2).


A foto mostra a correria que houve para o Santo da Serra onde havia alguém com uma Televisão (coisa rara na altura) onde graças à altitude se apanhava a transmissão de Canárias.


A primeira transmissão da RTPM aconteceu no verão de 1972.

quinta-feira, 13 de outubro de 2011

Tudo ao contrário...

Fomos ensinados a ver o nosso planeta a partir da perspectiva de que o Hemisfério Norte está no topo e no Sul é o fundoIsto é como a Terra é apresentado em todos os mapas e globos. Mas e se tu o virares de cabeça para baixoQual é a lei universal que diz que isso seria errado? Nenhuma! As chances são de que todos nós temos estado a olhar para a nossa Terra na perspectiva errada e deveria ser o oposto.

Veja o mapa abaixo e observe um ponto de vista diferente ... mas também sente a experiência do "pequeno conflito" que o teu cérebro terá. Os países parecem completamente diferenteE assim tu percebes que foste "educado" para aceitar apenas uma opção de como ver o mundo ...



terça-feira, 11 de outubro de 2011

O megatsunami

Muitos de nós já ouvimos falar de um tsunami proveniente das ilhas Canárias e que iria atingir a Ilha da Madeira. Deixo aqui um documentário da BBC sobre as consequências catastróficas de um eventual megatsunami nas ilhas Canárias. O fenómeno, segundo cientistas ouvidos pela televisão britânica, poderia afetar países como Portugal e mesmo a costa dos EUA.











quinta-feira, 6 de outubro de 2011

O discurso inspirador de Steve Jobs em Stanford



  "Ninguém quer morrer. Nem mesmo as pessoas que querem ir para o Céu querem morrer para chegar lá." Esta é uma das frases mais emblemáticas de um discurso que Steve Jobs proferiu a 12 de Junho de 2005 na Universidade de Stanford, nos Estados Unidos, e que é hoje um dos vídeos mais vistos e partilhados na Internet.








Num discurso que se tem espalhado através das redes sociais, Jobs fala da vida, do trabalho e da morte. Sem preconceitos, num tom por vezes irónico e bem-disposto, o fundador da Apple quer passar uma mensagem de esperança aos milhares de alunos que o ouvem e que acabavam de se licenciar.

Através da sua história de vida – de ter sido dado para adopção, de ter desistido da universidade, a criação da Apple e a sua demissão ("Como é que pode ser despedido da empresa que se cria?", brincou) –, Steve Jobs mostra por que é que hoje é lembrado como "um grande homem", "um revolucionário", "um génio". A chave do segredo, para ele, é acreditar sempre. Ter fé, nunca desistir e fazer sempre o que se gosta.

"Quando olho para trás vejo que ter desistido da universidade foi a melhor coisa podia ter feito", contou Jobs, lembrando que assim pôde deixar de frequentar as aulas obrigatórias "que não serviam para nada" e passar a assistir às que mais lhe interessavam.

Da mesma forma, fala sobre o seu despedimento da Apple, garantindo que essa situação lhe permitiu começar tudo de novo: "Se não fosse assim, hoje não estaria aqui".

A última parte do discursou é dedicada à morte, "muito provavelmente a melhor invenção da vida". "Lembrar-me de que todos estaremos mortos em breve é a ferramenta mais importante que encontrei para me ajudar a fazer as grandes escolhas na vida".

"Quase tudo – as expectativas, o orgulho, o medo de falar, qualquer coisa – tudo desaparece quando estamos perante a morte", diz, lembrando o dia em que os médicos lhe disseram para ir para casa e tratar dos seus assuntos, dando-lhe no máximo seis meses de vida, uma situação que viria a mudar quando os médicos acabaram por descobrir que a sua doença era de um tipo raro, que podia ser curado.

"O tempo é limitado, não o deperdicem."



segunda-feira, 3 de outubro de 2011

Nacho - o caracol






Apresento-vos o caracol Nacho. 
Um dia Nacho encontrou uma falha no seu caminho. 
Nacho parou um pouco para reflectir. 
E se...
E se for muito alto para mim?
E se eu tombar e danificar o meu t1 que ainda estou a pagar?
E se...
E se eu parar de perder o meu tempo com pessimismos e avançar?
E lá foi o Nacho! 
Apesar de ser um caracol comum, o Nacho é um herói pois encontrou a força para avançar e resistir perante o obstáculo.
Nacho poderia calmamente se instalar ali mesmo com a sua casinha às costas, com vista para a esplanada e onde poderia apreciar todas as pessoas que por lá passam. Seria uma vida excelente... ok boa... uhm... se calhar monótona.
Assim, Nacho decidiu enfrentar o obstáculo, fazer alguma coisa em relação a ele.
Ele sabe que muitas vezes eles têm metade da força do que pensamos inicialmente.
Nacho foi em frente, concentrou-se no alvo e seguiu em frente e assim de repente, como por magia, o obstáculo desapareceu.
Nacho sentiu-se bem, sentiu-se grande, contrastando claramente com o tal obstáculo que estando ali mesmo no canto do olho, parecia agora muito mais pequeno.
Nacho naquele dia aprendeu que os obstáculos não nos podem deter. Os problemas não nos podem deter. As pessoas não nos podem deter. Somente nós podemos deter a nos próprios.






Privatize-se tudo!


«Privatize-se tudo, privatize-se o mar e o céu, privatize-se a água e o ar, privatize-se a justiça e a lei, privatize-se a nuvem que passa, privatize-se o sonho, sobretudo se for diurno e de olhos abertos. E finalmente, para florão e remate de tanto privatizar, privatizem-se os Estados, entregue-se por uma vez a exploração deles a empresas privadas, mediante concurso internacional. Aí se encontra a salvação do mundo... e, já agora, privatize-se também a puta que os pariu a todos.»

José Saramago - Cadernos de Lanzarote

sexta-feira, 30 de setembro de 2011

A aluvião de 9 de Outubro de 1803



A aluvião de 1803 foi a mais severa calamidade natural, de que há registo, a assolar a ilha da Madeira desde o seu povoamento. Este desastre natural, ocorrido no dia 9 de outubro de 1803, resultou na morte de centenas de pessoas principalmente nos concelhos do Funchal, Machico, Ribeira Brava, Santa Cruz e Calheta. A sua capacidade destrutiva só viria a ser igualada, 206 anos mais tarde, no dia 20 de fevereiro de 2010 pela Temporal da Ilha da Madeira

 





Conjuntura climática

O dia 9 de outubro de 1803 foi um dos mais fatídicos na história da Ilha da Madeira mas a conjuntura de acontecimentos que a ele conduziu iniciou-se dez a doze dias mais cedo, período durante o qual a ilha experimentou uma intensa precipitação, ainda que intermitente.

Na manhã do dia 9 de Outubro, por volta das oito horas, iniciou-se um período de precipitação, embora não muito copioso, que se prolongaria por 12 horas, até cerca das 20 horas da noite. Pouco depois das 20 horas as condições climatéricas agravaram-se, os níveis de precipitação aumentaram significativamente e começou a soprar um vento mais forte. Por volta das 20 horas e 30 minutos a situação agudiza-se e o caudal das ribeiras aumenta de forma exponencial até, finalmente, galgar violentamente as suas margens. Estavam criadas as condições para a ocorrência de uma das piores catástrofes naturais que alguma vez assolou a ilha da Madeira.

Na origem de tão grande tragédia esteve uma situação atmosférica caracterizada pela existência de vento de sudoeste, trovoadas e forte precipitação. A calvície das montanhas sobranceiras ao Funchal, bem visível nas gravuras da época, e a falta de encanamento das ribeiras dentro das áreas urbanas, funcionaram como causas para o agravamento da catástrofe.

Perante a seriedade da situação muitos habitantes, apanhados de surpresa, são incapazes de escapar ao perigo, acabando por falecer. Alguns são surpreendidos na fuga pelas fortes correntes que entretanto havia galgado as margens das ribeiras, muitos nem encetam uma tentativa de evasão perecendo aquando da derrocada das próprias casas ou esmagados pelas paredes que se desmoronam.


Funchal

O concelho do Funchal foi um dos mais afectados por esta catástrofe e o que mais sofreu em número de vítimas.

Um dos locais particularmente afectado foi o bairro de Santa Maria Maior. As muralhas da Ribeira de João Gomes, cujo caudal já se encontrada aumentado por acção da intensa precipitação dos dias anteriores, rebentam em três localizações. A água que galga as margens, nestes três pontos, forma correntes tão violentas que destroem quase tudo à sua passagem e são responsáveis pela morte de largas dezenas de pessoas.

De acordo com os relatos da época, ruas inteiras e inúmeros prédios são arrastados para o mar. A própria Igreja Paroquial de Nossa Senhora do Calhau, situada na margem esquerda da ribeira sucumbe à violência das águas. Numa só casa desta zona morrem 21 habitantes. Num outro prédio do Pelourinho morre um súbdito inglês e mais 15 pessoas da família. A estimativa de vítimas neste bairro é chocante, calcula-se que, só nesta zona, a aluvião tenha custado a vida a cerca de 200 pessoas.

As ribeiras de Santa Luzia e do Bom Jesus também são incapazes de suportar o elevado caudal das águas, que acaba por cavalgar as margens e causar grande destruição. A rua dos Ferreiros sofre estragos consideráveis tendo sido destruídas diversas casas de habitação e de comércio. A descrição é idêntica para a Rua dos Tanoeiros e para a Rua Direita, onde o cenário de destruição se repete.


Machico

Na vila de Machico pode ler-se no Arquivo Paroquial que a muralha da ribeira foi destruída, bem como a ponte existente, e que a água se abateu sobre a vila com tal intensidade que atingiu a altura de três côvados na Igreja e em todas as ruas. O mesmo arquivo descreve como “prodigioso” o facto de apenas terem perecido 14 pessoas (arrastadas pela intensidade das correntes ou soterradas nas próprias casas), tal a intensidade da catástrofe.

A histórica Capela do Senhor dos Milagres (na altura designada por Capela de Cristo), uma das mais antigas da Ilha da Madeira, também foi afectada tendo sido quase totalmente destruída pelas correntes. Da primitiva capela restou apenas a porta ogival e as cruzes do frontispício. A imagem do Cristo crucificado foi arrastada para o mar e dada como perdida, no entanto, acabaria por ser recuperada, quase intacta, por uma galera americana que a entregou na Sé Catedral do Funchal.

Este acontecimento, considerado milagroso pelos habitantes da região, levaria à mudança do nome da ermida para Capela do Senhor dos Milagres, bem como a uma romagem (das maiores da ilha) que se realiza todos os anos no dia 9 de Outubro, em honra do Senhor dos Milagres.

Para além da Capela do Senhor dos Milagres também foram danificadas algumas igrejas, e ainda os arquivos de Foros, capelas e irmandades.



Reconstrução

O número de mortes resultantes desta tragédia não é consensual. Algumas fontes apontam para um número muito perto das 1000 vítimas mortais. De acordo com Cabral Nascimento, num longo estudo sobre estes acontecimentos que publicou no Arquivo Histórico da Madeira (Volumes 1 e 5), esta aluvião terá causado mais de 700 vítimas mortais e além da cidade, e além da cidade, também houve muitos danos nas restantes freguesias do Sul da Ilha, nomeadamente em Campanário, Calheta, Tabua, Ribeira Brava, Santa Cruz e, sobretudo em Machico, onde morreram catorze pessoas.

O governador e capitão general D. José Manuel da Câmara, dada a gravidade dos acontecimentos, fez publicar um edital adoptando as medidas necessárias para minorar os efeitos da catástrofe. Uma das primeiras medidas adoptados foi, naturalmente, procurar abrigo para as muitas pessoas que haviam ficado desalojadas. O alojamento provisório foi feito em diversos edifícios públicos, repartições de serviço do estado, igrejas, capelas, fortalezas bem como muitas casas particulares. Outra medida urgente foi a proibição do aumento dos preços dos géneros de consumo sob pena de severos castigos a aplicar aos transgressores.

Não permanecendo insensível ao sofrimento dos madeirenses o governo da metrópole, em Fevereiro de 1804, envia à Madeira o brigadeiro Reinaldo Oudinot com a incumbência de dirigir as tão necessárias obras de recuperação.

Em 19 de Fevereiro de 1804 chegou à Madeira o Brigadeiro Reinaldo Oudinot, reputado especialista em engenharia, que veio com a missão de dirigir os trabalhos de recuperação dos estragos provocados pela grande aluvião e orientar a construção das muralhas laterais das ribeiras.

Revelou, desde o início, elevada competência no desempenho das suas funções. Num curto espaço de tempo consegue realizar o encanamento das três ribeiras que atravessam o Funchal.

É também responsável por um dos grandes momentos de planeamento da cidade do Funchal, traçando um plano para a sua reconstrução, no qual se refere à expansão da cidade para norte, nascente e poente.

Também fora do Funchal desenvolve laboriosa actividade promovendo o alargamento e reforço das muralhas das bermas da ribeira de Machico. Promove a rápida reconstrução de muitas das estruturas danificadas, em diversos pontos da ilha, recorrendo ao serviço braçal gratuito de muitos madeirenses que apenas receberam géneros de primeira necessidade e a isenção de certos tributos, tudo de acordo com as antigas «Ordenações», que vigoravam desde o início do povoamento, para ocorrer a eventos excepcionais.

Reinaldo Oudinot viria a falecer na cidade do Funchal em 11 de Fevereiro de 1807, mas os seus serviços não foram esquecidos pelos habitantes desta cidade que atribuíram o seu nome à rua que fica na margem esquerda da ribeira de João Gomes, entre o Campo da Barca e a Praça dos Lavradores.