A Revolta da Madeira 1931 - Comício no Funchal de apoio à revolta
O descontentamento face ao novo regime cerealífero imposto pela ditadura de Salazar, a falência das casas bancárias de Henrique Figueira da Silva e Sardinha, o desemprego e a crise económica originaram, no início da década de 30, um clima propício à revolta popular que acabou por deflagrar nos primeiros dias de Abril de 1931.
De 4 de Abril a 2 de maio de 1931, o movimento revolucionário colocou a Madeira na ribalta da política portuguesa e fez despertar as atenções da Europa sobre a ilha. Da periferia atlântica, o governo da ditadura era duramente contestado.
Nesse espaço de tempo, o Comando Militar da Madeira tomou algumas decisões que correspondiam às aspirações dos madeirenses, nomeadamente sobre as Casas Bancárias em situação de falência, o desassoreamento do cais do Funchal e a indústria de bordados.
A superioridade das forças governamentais face às precárias condições de resistência dos conspiradores, bem como a convicção conscienciosa da necessidade de evitar um inútil banho de sangue, ditaram fatalmente a rendição. A esta não deve ser alheia a posição do governo britânico, ainda não devidamente estudada, mas que tudo indicia como favorável a Lisboa.
Para os madeirenses, que vibraram com promessas de liberdade e resolução de questões graves e antigas, a capitulação decidida pelo general Sousa dias e o coronel Fernando Freiria foi desilusão e simultaneamente fim de um sonho ou pesadelo.
RTP Arquivo
Documentário sobre os acontecimentos ocorridos em 1931 na Ilha da Madeira:
Nelson Veríssimo, in A Revolta da Madeira: 1931, de Maria Elisa de França Brazão e Maria Manuela Abreu, DRAC, Funchal, 2008 As imagens que se seguem foram publicadas no livro referido anteriormente.
A Revolta da Madeira 1931 - 9 de abril
A Revolta da Madeira 1931 - Albino Marques Barcelos
A Revolta da Madeira 1931 - Assalto popular à Companhia Insular de Moinhos
A Revolta da Madeira 1931 - Assalto Revolta do Pão
A Revolta da Madeira 1931 - Aviões das tropas legistas sobrevoando o Funchal
A Revolta da Madeira 1931 - Bispo do Funchal
A Revolta da Madeira 1931 - Bombardeamentos
A Revolta da Madeira 1931 - Material e bombas explosivas dos revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Camões e Pelico
A Revolta da Madeira 1931 - Canhão
A Revolta da Madeira 1931 - Canhão São Lourenço
A Revolta da Madeira 1931 - Carvalho de Araújo no Porto do Funchal
A Revolta da Madeira 1931 - Consulado Britânico
A Revolta da Madeira 1931 - Destroços na ribeira
A Revolta da Madeira 1931 - Os "18 diabos de Machico"
A Revolta da Madeira 1931 - Esquadra concentrada no porto do Funchal depois do fim da revolta
A Revolta da Madeira 1931 - Funeral da primeira vítima da revolta
A Revolta da Madeira 1931 - Hidroaviões
A Revolta da Madeira 1931 - Ibo e Bingo na baía de Machico
A Revolta da Madeira 1931 - Jovens da Cruz Vermelha
A Revolta da Madeira 1931 - Militares revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Militares revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Militares revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Moagens, Largo do Pelourinho
A Revolta da Madeira 1931 - Movimentação popular na Fábrica de São Filipe
A Revolta da Madeira 1931 - Movimentação popular na Revolta das Farinhas
A Revolta da Madeira 1931 - Movimentação popular
Fonte: A Revolta da Madeira: 1931, de Maria Elisa de França Brazão e Maria Manuela Abreu, DRAC, Funchal, 2008
A Revolta da Madeira 1931 - Navio Pero de Alenquer na Pontinha
A Revolta da Madeira 1931 - Navios no fim da revolta
A Revolta da Madeira 1931 - Primeiros feridos recolhidos no Hospital do Funchal
A Revolta da Madeira 1931 - Revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Revoltosos
A Revolta da Madeira 1931 - Silva Leal
A Revolta da Madeira 1931 - Tropas marchando desde Machico
A Revolta da Madeira 1931 - Tropas na pacificação da Revolta da Farinha
A Revolta da Madeira 1931 - Tropas revolucionárias no Palácio de São Lourenço
A Revolta da Madeira 1931 - Tropas na cidade
Outros vídeos:
https://youtu.be/hBNfQUhqyc8
Entrevista de Virgílio Nóbrega a Rui Nepomuceno, Advogado, Politico, Historiador e investigador e autor de um livro em que se aborda a Revolta da Madeira. Programa: Em Entrevista - RTP Madeira (2013)
Foi graças ao Papa Gregório III que o ano civil começou a começar no dia 1 de Janeiro. Em 1582 o Papa reformou o calendário Juliano, instaurando, através da bula "Inter Gravissimas" o calendário Gregoriano, que usamos hoje em dia.
O calendário Juliano tinha originado uma diferença de 10 dias entre o equinócio da Primavera e o dia 21 de Março. Para resolver esse problema a reforma incluiu um salto de 10 dias no calendário: o dia 4 de Outubro de 1582 (Quinta-Feira) foi seguido pelo dia 15 de Outubro (Sexta-Feira).
O início do ano civil passou de dia 1 de Abril, ou últimos dias de Março, para o dia 1 de Janeiro.
A reforma foi adoptada imediatamente por Portugal, Espanha, Itália e Polónia; e seguidamente por França e os outros países católicos europeus.
Os países protestantes adiaram essa reforma, preferindo "estar em desacordo com o Sol a estar de acordo com o Papa". Os mais apegados à tradição juliana, que continuaram a celebrar a passagem do ano no dia 1 de Abril, foram alvo de chacota e de algumas partidas, e daí surgiu a tradição do Dia das Mentiras (Poisson d'Avril/April Fool’s).
A cinemagrafia, técnica que centraliza em determinado ponto a animação da imagem, foi a maneira encontrada por Jamie Beck e Kevin Burg para um manifesto sobre a importância das lentes corretivas.
Na série de fotos, é possível entender como as pessoas observam o mundo sem a ajuda dos óculos. Nada fácil.